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Aurora, Ceará, Brazil
Músico licenciado do curso de Música da Universidade Federal do Ceará - Campus Cariri.
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segunda-feira, 5 de maio de 2014

A Engenhosidade Musical de Valdemir Vieira





Valdemir Vieira de Sousa nasceu em Aurora-CE em 02 de Setembro de 1952. Filho de Miguel Vieira de Sousa e de Laura Maria de Jesus. De Miguel, seu saudoso pai, recebeu forte influência para construir suas rabecas, como também do seu tio, Joaquim Vieira, irmão do seu pai, e do mestre Antônio Pinto, onde além de influência ganhou também incentivo.
Valdemir faz parte de uma família musical. Seu pai foi tocador e construtor de rabecas. Seus irmãos são reconhecidos músicos da cidade de Aurora, assim como o próprio, que é um amante da música nordestina, paixão que lhe fez comprar e aprender a tocar sanfona. Sempre foi engenhoso e mostrou interesse em construir objetos convencionais como pequenos móveis, utensílios para instrumentos musicais e até mesmo uma bicicleta.
Acompanhado sempre de certa inquietação, comum nos que possuem mente criativa, decidiu construir uma rabeca, onde, segundo ele, gostaria que se parecesse mais com um violino. Valdemir veio a construir três rabecas, todas no ano de 2008. Ao ser perguntado por que não construiu mais, confessou que recebeu críticas por ter colocado tarraxas de cavaquinho em sua composição, e que por conta disso acabou perdendo o gosto em continuar construindo.
A vontade de Valdemir era de fazer rabeca para lembrar do seu pai, não tendo interesse em fazer disso um ato costumeiro em sua vida. Das três que construiu vendeu uma que, segundo ele, por um valor abaixo do normal; doou outra a um irmão seu e ficou com uma de lembrança.
A sua rabeca traz características peculiares e particulares, talvez por ter preferido deixar o visual mais parecido com um violino do que com uma rabeca. Tal decisão resultou em uma rabeca com o corpo plano, sendo que sua medida é 35cm por 20cm; o braço mede 14cm. A madeira utilizada foi brumasa, porém, em sua lateral utilizou outro tipo de madeira a qual não lembra. O arco foi feito de madeira pau d'arco e crina de cavalo, além de um sistema criativo para tencionar as cordas utilizando porca e parafuso. As cordas são de violino. Cavalete e estandarte são feitos também de madeira. Não possui alma. Recebeu uma pintura de tinta automotiva de cor vinho. Na parte das cravelhas, como já foi mencionado anteriormente, Valdemir utilizou tarraxas de cavaquinho. Possui um som bonito, encorpado e abundante.



sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Saudade: atendendo a convite, Zé Melé foi cantar no céu

Por José Cícero¹

Faleceu no dia 15 de março em São Paulo onde estava para tratamento de saúde e em visita a familiares, uma das nossas figuras populares mais querida e emblemática. Trata-se do inesquecível e alegre ZÉ MELÉ.
Zé Melé foi talvez um dos nossos últimos espécimes – daqueles que no passado no nosso interior dava-se a denominação de “gente do povo”. Era reconhecido onde quer que passasse até mesmo em algumas das nossas cidades circunvizinhas. Com uma barba sempre farta e mal tratada, esbranquiçada, um caminhar lento e compassado talvez pelo tamanho da sua estatura; o nosso Zé também carregava a tiracolo quase como uma extensão do seu corpo, um rádio de pilha. Além do seu inseparável cavaquinho. Não era um tocador exímio do instrumento como se podia imaginar, mas aprendeu a dá alguns acordes, o suficiente para improvisar as canções que mais gostava; de preferência as da velha guarda, do brega e do Pinduca. Dono de uma voz não muito apropriada para o canto, mesmo assim Zé Melé tinha uma verdadeira paixão pela música. De tal maneira que se achava um bom cantor e o fazia quase sempre nas suas bebedeiras com os amigos. Quando não estava com seu radinho de pilha ligado, como se fosse um carro-de-som pelas esquinas; era também possível encontrá-lo quase sempre dedilhando o seu velho cavaquinho. Cantando com seus agudos uma gama de canções melodiosas sempre a pedido dos transeuntes. Por onde quer que chegasse fazia a alegria dos presentes. Por onde passava deixava um rastro de animação... era por assim dizer, um verdadeiro mascate da alegria ambulante. Além de um boêmio, também era dado ao trabalho. Sua boemia estava sempre reservada aos finais de semanas, feriados e às festas municipais.
Seu ofício, mesmo em sua idade avançada era quebrar pedra à marteladas para a feitura da matéria-prima do concreto para construção. Uma tarefa árdua e penosa, principalmente para um senhor daquela idade. Entretanto gostava do que fazia e o praticava com prazer e esmero. Na semana era possível vê-lo com sua marreta e uma borracha de pneu, os principais instrumentos do seu trabalho. Seja com o sol a pino ou mesmo nas invernadas sempre o víamos na sua ‘oficina’ - uma modesta barraquinha de palha nas pedreiras do Poço do Meio às margens do Salgado. Depois, decerto pelo peso da idade, instalou sua latada às margens da linha férrea, tanto no Alto da Cruz quanto nas proximidades do antigo matadouro já nas imediações do Araçá. A vida do velho Zé foi sempre de pedra, como de pedra e granito foi sempre sua lida, sua faina de viver as coisas do mundo sem muitas preocupações ou estresse. Quebrando pedra e tocando seu "cavaco" Zé Melé provou-nos que, por mais dura que sejam as dificuldades haverá sempre uma maneira de afastar todas as pedras do caminho.
O vi por diversas vezes carregando sua lata de querosene ao ombro cheia de pedras, as sobras do calçamento da Cícero José do Nascimento. Pedras que seriam uma a uma fragmentadas sob as pancadas vagarosas e certeiras do Zé Melé. Era de fato um ofício para gente forte e corajosa.Seu principal combustível – uma cachacinha que mantinha pronta sempre ao alcance da mão. Foi um 'apreciador' inveterado da branquinha. Aos domingos gostava de acompanhar o futebol local no ‘Romãozão’. Ocasiões em que o rádio e o cavaquinho tinham um lugar garantido. Peregrinava pelos bares tocando seu cavaquinho e cantando suas canções favoritas... no final instigava o freguês sempre a lhe pagar uma cachaça. Também gostava de bebiricar pela feira-livre de Aurora.
Ainda em 1989 lembro do Zé participando do Festival da Canção na ABA, incentivado que foi pela platéia entusiasmada chamando seu nome num frenesi... mais pela gozação do que pela música que ele cantava – a Volta do boêmio de Nelson Gonçalves, com transmissão ao vivo da rádio Vale do Salgado AM. No final, para a surpresa e a alegria de todos, Zé Melé abiscoitara o segundo lugar. Foi literalmente ovacionado pelos presentes. Uma conquista consagradora. Recordo da felicidade do Zé ao receber sua medalha, o troféu e a premiação. A entrevista aos radialistas: Barbosa Filho e Furtado Guedes. Saiu da ABA como se fosse um ídolo popular. Durante anos carregou sua medalha ao peito até perdê-la(não se sabe onde), disse-me certa feita ele, um tanto quanto desolado.
Outra vez, quando participávamos com a seleção de Aurora da Copa Difusora em Cajazeiras-PB o Zé com aquele seu jeitão moroso nós pediu permissão para também ir conosco. O que foi prontamente atendido. Foi a animação do nosso ônibus. Cantou e tocou seu cavaquinho a viagem inteira, tanto de ida quanto de volta. Mais de ida, porque na volta estava mais pra lá do que pra cá. Havia bebido além da conta. Zé Melé foi a atração da concentração, às ruas de Cajazeiras até nas arquibancadas do estádio 'O Perpetão'. Ficamos em segundo lugar na competição, mas Zé Melé não se importou muito com o resultado... Comemorou com seu cavaquinho como quem comemorava a conquista de uma copa do mundo. Aquela cena foi-me algo inesquecível.
Vi a tristeza que se apoderou do nosso Zé quando roubaram o seu cavaquinho. Nos últimos tempos, mesmo depois de conseguir se aposentar, Zé Melé não era mais o mesmo. Faltava-lhe algo. Talvez a antiga alegria e o entusiasmo que o seu parceiro-cavaquinho tanto lhe proporcionava. Não sei quem fez tamanha maldade em surrupiar-lhe aquele instrumento quase sagrado. De uns tempos para cá não havia mais lhe visto como antes, amiúde. Agora de súbito fomos informados que o nosso Zé partira para o andar de cima. Foi-se sem ao menos se despedir dos aurorenses, vez que falecera(dizem de uma cirurgia) na distante São Paulo onde possuía alguns parentes.
Mas digamos ao menos que o Zé Melé não morreu... Apenas foi atender um chamado de São Pedro para tocar seu cavaquinho lá no céu ao lado de Deus.
"De onde é que esse coco vem/Todo coco tem azeite/Mas esse não tem (Bis)/O braço do mar não tem cotovelo/O caranguejo anda/Mas não é pra frente/Revolver tem cano mas não é torneira/Cachaça não dá rasteira/Mas derruba gente/O prego tem cabeça mas não tem juízo/O cabo da vassoura/Não prende ninguém/A mão de pilão nunca bateu palmas/Agulha costura e só anda nua/Na estradaque vai pra lua/Não se vê poeira/O trobonista toca com a boca fechada/O sino toca com a boca aberta/Quem roubar ladrão eu jamais acuso/Mulher não é parafuso/Mas agente aperta." Esta música do Pinduca, intitulada 'Coco Sem Azeite', era uma das favoritas cantaroladas por Zé Melé pelos bares e esquinas da Aurora. 
Zé Melé - 15/08/38 - 15/03/2009. 
¹Secretário de Cultura de Aurora-CE
Foto: Zé Melé recebendo a medalha das mãos da saudosa professora Evandra 1990.

domingo, 7 de outubro de 2012

IV Festival de Calouros de Aurora – José Dantas da Silva Resgatando sonhos e transformando-os em realidade!





Na noite do dia 28 de Abril de 2012, um sábado, a cidade de Aurora-CE pôde conferir um evento sadio, voltado para a boa música e para os bons princípios sociais.
O IV Festival de Calouros de Aurora - José Dantas da Silva contou com a participação de 15 candidatos em busca de demonstrar seus talentos a sociedade e em buscar o reconhecimento artístico, participações que levaram o público a se emocionar, gritar, cantar junto, rir, gargalhar e torcer!
Na ala dos convidados um personagem ilustre da cidade, José Dantas da Silva, mais conhecido por Josenir Dantas. O mesmo exerceu importantes serviços ao município de Aurora-CE, podemos dizer que fez a história de Aurora acontecer nos anos 80 e início da década de 90, junto com seus companheiros Didi Tavares, Luiz Domingos de Luna e o Padre Francisco França escreveram capítulos importantes para a narrativa histórica de Aurora-CE.
Josenir veio ao encontro de velhos amigos, familiares, sociedade aurorense, mas especialmente veio para ser homenageado, numa noite repleta de sonhos realizados. O mesmo transparecia de emoção e entusiasmo, pois via em sua frente grandes talentos de Aurora e região. Mas também via a continuidade de um trabalho exercido à 20 anos atrás, via também o reconhecimento por parte dos aurorenses pelas suas obras, que foram muitas!
Ao falar, Josenir Dantas expressou em palavras a emoção que estivera a sentir. Sempre citando a importância da juventude para o desenvolvimento sócio-cultural, e para a reciclagem de valores na sociedade. O autor do Hino de Aurora e do Hino ao padroeiro Senhor Menino Deus conferiu sentado a cada um dos 15 participantes, sendo que uma vez ou outra não resistia e se levantava para aplaudir os candidatos, animar a platéia e incentivar os novos talentos.
No palco se encontravam a postos os músicos Juan Luna na guitarra, Roberto Santos nos teclados, Foguinho na bateria, o autor deste texto, Wagner Layb, no contrabaixo, os candidatos, que a essa hora todos já haviam participado do sorteio que definiu a ordem das apresentações, e o grande mestre de cerimônia Nanda Bezerra, que com seu talento conseguiu conduzir brilhantemente a noite do IV Festival de Calouros de Aurora – José Dantas da Silva. Em frente ao palco se encontravam os jurados: Rael Moura da cidade de Juazeiro do Norte, Cícero Galdino e Marisa Galdino, os dois últimos da cidade do Crato. O evento começou com o aval de Josenir Dantas, que no final de sua fala inicial declarou aberto o festival.
A primeira candidata da noite: Raiane Alves, de apenas 09 anos de idade, chegou surpreendendo a todos com o seu talento e sua afinação, cantando acompanhada pelo seu irmão Henrique dos Teclados, cantou a música “Fala Comigo - Bonde do Brasil”. Em seguida veio a sensação da noite, a candidata que perceptivelmente animou a todos que se encontravam no recinto: Xuxa de Aurora, cantando a música “Me Usa – Banda Magníficos” mostrou o seu potencial e simpatia no palco, deixando assim um marco em sua apresentação. O terceiro candidato da noite, o jovem cantor gospel Stênio Simões veio mostrar seu potencial cantando a música “Getsêmani” encantando a todos com sua potência de voz. Logo após as 3 apresentações foi mostrado o vídeo Túnel do Tempo que tinha como ênfase, levar o público a 20 anos atrás, com a exibição de um vídeo do festival de 1992. No túnel do tempo pudemos conferir várias figuras emblemáticas, entre elas o já falecido Zé Melé e a pequena Elayne Felix da Silva, acompanhada do seu pai ao violão na apresentação. Hoje em dia é conhecida do público que curte “vaneirão cearense” com o nome artístico de Elayne Tyne.
Logo após a primeira exibição do vídeo “Túnel do Tempo” que inclusive foi seguido de depoimentos em vídeo de pessoas que foram ligadas diretamente a Josenir Dantas em Aurora, foi dado o reinicio das apresentações com a candidata Manú Rodrigues, advinda da cidade de Porteiras-CE, a mesma cantou a música “Quem de nós dois – Ana Carolina” encantando ao público com seu talento e simpatia. O quinto candidato da noite foi o jovem José Joalys, quem cantou a música “Margarida – Altemar Dutra”, o candidato demonstrou cantar a música com sentimento, levando o público a euforia no início ao fim de sua apresentação. A sexta candidata foi Geany Thomas, a mesma cantou a música “De volta pro aconchego – Elba Ramalho”, onde esbanjou sua belíssima voz, no refrão aproveitou para oferecer a música apresentada ao homenageado Josenir Dantas.
O público ia ao delírio a cada apresentação, os candidatos podiam conferir suas torcidas, formadas por amigos e admiradores, os seis candidatos que até então já tinham cantado puderam mostrar ao público que o festival era de alto nível, e que valeria a pena que o público esperasse para ver as apresentações dos candidatos posteriores. Pelo que pudemos perceber, a mensagem funcionou e chegou a platéia fazendo com que os mesmos ficassem fixados na Associação Beneficente Aurorense para conferir até o final.
A sétima candidata da noite foi Nívea Castro, que cantou com sua bela voz a música “Aleluia – Gabriela Costa”, emocionando o público em geral e em especial a sua torcida que confirmou sua presença no evento. O oitavo candidato foi o jovem Filipe Gonçalves, onde cantou a música “Céu de Santo Amaro – Flávio Venturini”, logo de início ofereceu a apresentação a sua mãe, que estava presente no evento. O nono candidato foi Henrique Macêdo, interpretando a música “Pescador de Ilusões – O Rappa”, de início o candidato chamou a atenção do público com suas palavras que confessavam o amor à música sentido por ele.
A décima candidata foi a Jack, que interpretou a música “Ainda Bem – Marisa Monte”, a candidata por ser principiante mostrou coragem e encarou a platéia de forma profissional, demonstrando estar à vontade. A décima primeira candidata foi Lena Magalhães, que cantou a música “Pássaro de Fogo – Paula Fernandes”, a mesma repassou carisma e alegria ao público com sua interpretação. A décima segunda candidata foi Patrícia Olyver, que interpretou a música “Palpite – Adriana Calcanhoto”, de início a candidata agradeceu a Josenir Dantas pelo incentivo prestado a musicalidade aurorense e em seguida começou sua bela apresentação.
Finalmente chegávamos ao último bloco de apresentações, e chegávamos também ao final de uma competição saudável e de bom nível. Para finalizar a noite de apresentações se apresentaram três candidatas, a décima terceira da noite foi Liliane, que cantou a música “Não está sendo fácil – Kátia”, a candidata preferiu ser acompanhada somente ao violão, um ato de coragem que fez com que sua bela voz ficasse em evidência. A penúltima candidata foi Amanda, que cantou a música “Como eu quero – Kid Abelha”, demonstrando ter escondida uma bela voz, a qual impressionou o público presente. Finalmente chegamos a apresentação final, onde a última candidata da noite foi Sisa Mara, que cantou a música “Tente outra vez – Raul Seixas” encerrando assim o ciclo das majestosas apresentações.
A cada apresentação os candidatos eram indagados se queriam receber a opinião de um dos jurados, que neste caso era escolhido pelos candidatos. Todos os candidatos quiseram receber opinião, opinião que vinha com elogios e críticas construtivas, mas que não confessava a preferência dos jurados, muito menos a nota dos candidatos. Tal feito serviu para diminuir a ansiedade dos candidatos pelo resultado final, resultado esse que, aliás, demorou a sair por conta dos cálculos que foram feitos e refeitos, com a intenção de conferir a legitimidade dos fatos.
Logo após todas as apresentações abrimos o momento para homenagear Josenir Dantas com uma placa de homenagem, com a intenção de oficializar a noite e materializá-la com a placa, que continha de forma resumida uma descrição em forma de poema da trajetória de vida de Josenir Dantas. Após receber a placa Josenir proferiu palavras de agradecimento e emoção, agradecendo em especial aos que gravaram depoimentos para sua pessoa, que foram: João Silva, Zé Nilton, Auricélio Fernandes, Didi Tavares e Fátima Oliveira, que apesar de não ter saído por conta de problemas técnicos, foi agradecida da mesma forma. Agradeceu também aos candidatos, aos jurados e aos patrocinadores, parabenizando-os pelo ato de investir na cultura do município, e encerrou agradecendo aos promotores do evento. Josenir continuou sua fala onde se disse surpreso sobre os depoimentos dos seus familiares, que levaram o homenageado as lagrimas por vários momentos.
Enquanto o resultado não saia, os jurados faziam seus pronunciamentos e confessavam sua satisfação em ter participado do evento que conteve vários talentos de bom nível, e outros confessaram sua surpresa ao deparar com belas vozes, vozes que segundo os jurados já se encontram preparadas para encarar uma carreira profissional.
O homenageado da noite, Josenir Dantas, foi convidado pelo mestre de cerimônia Nanda Bezerra a cantar algumas de suas composições, convite que o pegou de surpresa, uma vez que não havia preparado música alguma, mesmo assim o mesmo veio ao palco e cantou sala de reboco junto dos músicos da banda do festival.  
Finalmente, era chegada a hora de saber quem dos 15 candidatos tinham sido os melhores da noite. E o resultado foi favorável a somente 3 deles. Os jurados entenderam que os três mais bem votados foram os melhores em suas apresentações, e o 3º lugar, recebeu o prêmio das mãos de Júnior Lira, foi a candidata Sisa Mara, que cantou a música “Tente Outra Vez – Raul Seixas” a mesma foi a última candidata a se apresentar. E o 2º lugar recebeu o prêmio das mãos do autor deste relato, Wagner Layb, a cantora que veio de Porteiras-CE, Manú Rodrigues, que interpretou a música “Quem de Nós Dois – Ana Carolina” e finalmente o primeiro colocado, da cidade de Aurora-CE, Stênio Simões, que interpretou a música “Getsêmani – Leonardo Gonçalves” e recebeu seu prêmio das mãos de Josenir Dantas, fechando assim a ansiedade dos candidatos e a curiosidade do público.
Para fechar a noite não poderia faltar a banda mais tradicional da cidade de Aurora, Grupo Aquarela e o cantor João Bosco, que com seu carisma e simpatia conduziu o final deste que foi um belo festival, cheio de surpresas, curiosidades, emoções, reencontros e felicidade. Quem dera tivéssemos a oportunidade de termos todo fim de semana festivais dessa natureza?

IV FESTIVAL DE CALOUROS DE AURORA – JOSÉ DANTAS DA SILVA
28/04/2012
Aurora-Ceará-Brasil

REALIZAÇÃO:
WAGNER LAYB E SITE AQUI CONECTADOS

AGRADECIMENTOS:
GOSTARIAMOS DE AGRADECER FORTEMENTE AO HOMENAGEADO DA NOITE: JOSÉ DANTAS DA SILVA - JOSENIR DANTAS E FAMÍLIA

AOS PATROCINADORES:
JÚNIOR TAVARES – ABA
IRAILTON – AKI MOTOS
OSASCO GONÇALVES – AUROMÓVEIS
GUIMARÃES GONÇALVES – ELETROLAR
ALDEMIR BATISTA (DODINHA) – G.A.S. EVENTOS
LAMHARCK DIAS – PRESIDENTE DO PC DO B DE AURORA
IDEMÁRIO TAVARES – LOJÃO E CONSTRUÇÃO
ROGÉRIA LEITE – POSTO SÃO JOSÉ
SANDRO LOPES – RADIALISTA
WILSON LUNA – SÓ KOSMÉTICOS
ADAILTON MACÊDO – PREFEITURA MUNICIPAL DE AURORA – ADM. O POVO CONSTRUINDO O NOVO

AOS APOIADORES:
ERIVAN LAVOR – SPORT E MAGAZINE
JOSIMAR LUNA – LUNA COURO
BANDA GAROTOS BACANAS
FORRÓ XOTEADO
SITE O MORAL
SITE AUROEVENTOS
ZEZINHO E IZAIDE – MERCADINHO DO POVO
E.E.F.M. MONSENHOR VICENTE BEZERRA
RÁDIO 102,3 - AURORA DO POVO FM
MYKEIAS GORDIM DA MÍDIA
PK MOTOS
MAURO TAVARES – LOJAS ARCO-IRIS
LEO CLUBE DE AURORA-CE
PJ – PASTORAL DA JUVENTUDE – AURORA-CE
CÍCERO GREGÓRIO - GRUPO VOLUNTÁRIO
SINDICATO DOS TRABALHADORES RURAIS DE AURORA
PROFESSOR JOÃO TAVARES CALIXTO JÚNIOR
MALUNGO PRODUÇÕES

AOS COMPONENTES DA BANDA:
ANTÔNIO CARLOS (FOGUINHO) – BATERIA
JUAN LUNA – GUITARRISTA
ROBERTO – TECLADO
HENRIQUE – TECLADO
MARCIANO OLIVEIRA – TÉCNICO DE SOM


A EQUIPE DE APOIO:
NANDA BEZERRA
ALCIONE PEREIRA
JOSÉ EDSON
DANIEL GUSTAVO
EDUARDO LIRA
ZÉ MORENO
LEO CLUBE DE AURORA-CE

AOS CANDIDATOS:
RAIANE ALVES – FALA COMIGO – BONDE DO BRASIL
XUXA DE AURORA – ME USA – BANDA MAGNÍFICOS
STÊNIO SIMÕES – GETSÊMANI – LEONARDO GONÇALVES
MANÚ RODRIGUES – QUEM DE NÓS DOIS – ANA CAROLINA
JOALYS – MARGARIDA – ALTEMAR DUTRA
GEANY THOMAS – DE VOLTA PRO ACONCHEGO – NANDO CORDEL
NÍVEA CASTRO – ALELUIA – GABRIELA ROCHA
FILIPE GONÇALVES – CÉU DE SANTO AMARO – FLÁVIO VENTURINI
HENRIQUE MACÊDO – PESCADOR DE ILUSÕES – O RAPPA
JACK – AINDA BEM – MARISA MONTE
LENA MAGALHÃES – PÁSSARO DE FOGO – PAULA FERNANDES
PATRÍCIA OLYVER – PALPITE – ADRIANA CALCANHOTO
LILIANE – NÃO ESTÁ SENDO FÁCIL – KÁTIA
AMANDA – COMO EU QUERO – KID ABELHA
SISA MARA – TENTE OUTRA VEZ – RAUL SEIXAS

AOS JURADOS:
CÍCERO ANTÔNIO GALDINO NASCIMENTO
MARISA DO NASCIMENTO GALDINO
CÍCERO RAEL ALVES MOURA


AOS ENTREVISTADOS:
JOÃO SILVA
JOSÉ NILTON
AURICÉLIO FERNANDES
DIDI TAVARES
FÁTIMA OLIVEIRA
ERISMAR DANTAS
DARLING DANTAS
DIOGO DANTAS
DÁRDANA DANTAS
NAIR DANTAS


AOS CONVIDADOS E AO PÚBLICO QUE COMPARECERAM AO EVENTO.

“A música é uma prova de Deus.”
Rão Kyao
(Lisboa)

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Biografia - Josenir Dantas



José Dantas da Silva, mais conhecido pelos seus conterrâneos como Josenir Dantas, é filho de Antônio Dantas Neto e Maria Nair Domingos. Nasceu no Tipi, distrito de Aurora-CE, em 22 de setembro de 1951.

Vida Estudantil
Josenir Dantas tem uma vida estudantil marcada por lutas, desafios e conquistas, que fazem dele um vencedor de batalhas, do medo e do desconhecido. Começou sua carreira estudantil no sítio Tipi, onde cursou o seu primário. Em 1966, preparou-se e fez admissão ao ginásio na cidade de Aurora-CE, no então Ginásio Paroquial Senhor Menino, atualmente, Colégio Paroquial Senhor Menino Deus. Em 04/01/1971, com seus dezenove anos, alçou voo para São Paulo, cursando por lá contabilidade no mesmo ano que chegou. Entre 1976-1978, cursou o 2º Grau no Colégio Luiza de Marilac, na Avenida Voluntária da Pátria, Bairro de Santana – cidade de São Paulo.
Bacharelou-se em Licenciatura Plena em Geografia entre 1984-1987 pela UFCG, Campus V, depois bacharelou-se em Direito pela mesma Universidade entre 1988-1992 através do Campus VI, Sousa-PB, sendo que atualmente está cursando a Faculdade de Teologia pela Faculdade de Teologia de Fortaleza, Seminário da Prainha, Fortaleza-CE.

Vida Profissional
Apesar de ter sido agricultor dos sete anos aos dezesseis anos de idade, pode-se dizer que teve sua vida profissional iniciada em São Paulo. Chegou a terra da garoa no dia 04/01/91971, e logo teve que cursar contabilidade.  No final do mesmo ano, através de concurso, ingressou no Bradesco, começando a trabalhar na Matriz do banco, na cidade de Deus, situada na cidade de Osasco, cidade da grande São Paulo. Transferiu-se para agência de Santo André, ABC Paulista, mas em 1974, deixou o banco e passou a trabalhar como vendedor de máquinas de escrever e máquinas de calcular eletrônicas, sendo que, como vendedor, permaneceu durante seis anos.
Família: Em maio de 1975 casou-se em São Paulo, com a baiana Dinalva Oliveira. Tiveram sete filhos: Diógenes - Diene - Danúbia - Denice - Dárdana - Diogo Rafael e Darling.
Josenir Dantas e Dinalva Oliveira ficaram juntos até abril de 2008, mês e ano do falecimento de sua esposa (Dinalva), já em Fortaleza.
Vida Docente: Josenir exerceu com vigor e destaque o seu papel de docente no município de Aurora, com a sua forma de ensinar marcou vidas, assim como deixou sua marca na história de Aurora. Em julho de 1979 chegou a Aurora e ingressou como professor de Matemática, Física e Química na Companhia Nacional de Escolas da Comunidade, CNEC. Na mesma época foi professor substituto no Colégio Estadual Tabelião José Pinto Quezado.
Entretanto, no dia 02 de Janeiro de 1981 entrou para o Colégio Paroquial Menino Deus, convidado pelo Professor Didi Tavares e Pe. França, inicialmente, lecionando Português e Matemática no antigo curso ginasial no período da manhã. À tarde era responsável pelo curso primário e mais tarde tornou-se professor do 2.º Grau, no período noturno, época em que já era Supervisor Escolar na entidade.
Em 1986 foi eleito Presidente da II Semana Universitária de Aurora, época em que convidou e recebeu em sua casa o grande Antônio Gonçalves da Silva, ou simplesmente, Patativa do Assaré, o qual veio dar seu show para os universitários.
No ano de 1989 assumiu a Secretaria de Educação e Cultura do Município, permanecendo até o final do Mandato do Prefeito João Antônio de Macêdo. Foi o primeiro Secretário de Educação, época em que se construiu a Escola Romão Sabiá, e que havia no município 60 escolas rurais, tendo visitado todas, por diversas vezes, administrava 16 funcionários internos e 800 funcionários municipais da zona rural.
Paralelamente nos anos de 1990 e 1991 foi professor de Matemática do Educandário das Freiras na cidade de Sousa. (PB), convidado pela Irmã Carmélia Gonçalves. Em 1993 foi eleito Diretor do Colégio Paroquial, onde permaneceu até 1996.

Música e Religião – O Lado Católico
Em 18 de junho de 1981 fundou o Coral da Matriz, o qual era intitulado de GCI (Grupo Cantante Independente), iniciando-se com nove membros e atingindo mais tarde, em seu ápice, vinte e dois. Após dez anos consecutivos repassou o GCI a Senhora Nina e Lourdes Paulino. Ressalte-se que após sua saída, vários grupos de Corais foram formados, os quais ainda funcionam.
Hora do Ângelus: durante vários anos criou e apresentou o Programa Católico intitulado “Hora do Ângelus”, através do serviço de som da torre da Matriz, sempre às 18 horas.
Campanhas Populares: Através de campanha popular, em 1984, comprou e entregou a Matriz o primeiro órgão eletrônico para o Coral, o qual foi executado tanto pelo Senhor Joaquim Paulino, quanto pelo próprio Josenir. Logo depois, por meio de nova campanha, adquiriu o mais perfeito e dinâmico serviço de som para Paróquia, sendo que sua última campanha de arrecadação popular foi para comprar um relógio novo para torre da Igreja do Menino Deus, o qual marcava hora certa para toda cidade.

Vida Musical
No campo musical Josenir Dantas foi fundamental para o desenvolvimento musical, social e cultural da população de Aurora. Suas obras, atitudes e ideias enriqueceram gerações e até hoje servem de exemplo e incentivo para os jovens. O cenário musical floresceu a partir dos anos 80 com a idealização, por parte Padre França, da Banda de Música Sr. Menino Deus. Mas foi através de Didi Tavares e Josenir Dantas que os primeiros 21 instrumentos musicais foram comprados e entregues a primeira Banda de Música do Colégio Paroquial, cuja direção era exercida pela Direção do referido estabelecimento escolar. Foi então que cursou aprendizagem em Sax Tenor durante quatro anos, época do saudoso e querido Maestro Esmerindo Cabrinha de Cajazeiras-PB.
Em 1981 compôs o Hino de Aurora e mais tarde o Hino do Padroeiro, mas só veio gravá-los no ano de 2003.
Em 1991 idealizou e realizou o I Festival de Calouros de Aurora, seguindo-se posteriormente os outros.

Esporte
Na presidência da Liga Desportiva de Aurora, LDA, atualizou os estatutos e os registrou, além de ter promovido o 1º Campeonato de Futebol do Município, sendo que a partir do 2º Campeonato, entregou a direção ao Dr. Célio Saraiva.

Imprensa e Jornalismo
Entre diversos segmentos, também teve destaque na área de imprensa e jornalismo, sendo que em 1982 fundou o primeiro Jornal Escrito de Aurora, denominado: Gazeta Aurorense, o qual tinha anuência da Paróquia Menino Deus. Uma curiosidade é que na época o prefeito Cel. Macedo tentou fechá-lo, mas depois passou a prestigiá-lo por ocasião da 1ª Semana do Município de Aurora.
Na rádio Vale do Salgado, de Lavras da Mangabeira, tinha registro como repórter para Aurora e também escreveu para o jornal Diário do Nordeste, Coluna do Interior.

Vida Política
Na década de 80 foi Secretário do Diretório do MDB, depois, PMDB, ao lado de Francisco Carlos Macedo Tavares, época em que também foi candidato a Vereador, mas não se elegeu. Como político partidário, concorreu a vereança e deputado estadual, mas não conseguiu o total de votos necessários para se eleger.

O lado Compositor

 
Josenir Dantas além de compor os Hinos do município de Aurora e do Padroeiro dedicou-se também a compor músicas do cenário nordestino, e já ultrapassou a marca de 100 composições, já tendo gravado sete álbuns, destaque para “Sonho Nordestino” – “Forró da Gente” – “Forró Moreno”, sendo que seu último disco, “Coisa Viva”, encontra-se inédito, apesar de ter concluído gravação no dia 21 de setembro de 2011.



Abaixo segue o link do blog de José Dantas da Silva, onde contém todas as letras de suas composições: http://josedantasdasilva.blogspot.com/
Além do blog com as letras de suas composições, também tem um espaço no site PALCOMP3, ao qual publica o áudio de suas composições, acessem e conheça sua "biografia sonora": http://palcomp3.com/JOSEDANTASDASILVA/


 Vida Atual
José Dantas da Silva hoje vive em Fortaleza, transferiu-se para capital desde 29/04/1994, aonde fundou e ainda mantém seu Escritório de Advocacia. Como advogado, milita na cidade alencarina, interior do Ceará, Recife, e até no Rio de Janeiro.
Sua vida olhada pelo retrovisor da contemporaneidade serve de exemplo e de orgulho para os seus conterrâneos e para todos que vierem a conhecer sua biografia. Por tudo o que fez não é difícil deduzir que José Dantas da Silva, o Josenir, é filho de Antônio Dantas Neto e Maria Nair Domingos, é filho do Tipi, é filho de Aurora-CE. E com orgulho!