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Quem sou eu
- Wagner Layb
- Aurora, Ceará, Brazil
- Músico licenciado do curso de Música da Universidade Federal do Ceará - Campus Cariri.
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sexta-feira, 7 de outubro de 2011
Breve histórico da Banda de Música Sr. Menino Deus
ANOS 80
Foi plantada a semente
A Banda de Música Sr. Menino Deus, nasceu de um sonho do então pároco Francisco França, compartilhado com Sebastião Tavares da Cruz (Didi Tavares), que na época era o vice-diretor do Colégio Paroquial, Josenir Dantas, coordenador do Colégio Paroquial na época e Luiz Domingos de Luna, professor. Em meados de 1981, o padre, junto com seus companheiros não mediram esforços para conseguir para a cidade de Aurora bens imateriais, aos quais estavam incluídos instrumentos para montar uma banda de música.
Finalmente o recurso foi conseguido, através de uma fundação na Alemanha, de nome Misere, que se dispôs a arcar com todas as despesas iniciais para realização do objetivo.
Miguel Fernandes
Em 1981, foi dado início ao projeto de iniciação da banda de música. O primeiro a vir, na tentativa de preparar os músicos foi o maestro Miguel Fernandes, chegou com o dever de preparar a banda de música, que inclusive teve o primeiro nome em sua homenagem: Banda Musical Maestro Miguel Fernandes. O mesmo Empregou diversos hinos militares e alguns dobrados, porém seu tempo de trabalho em Aurora foi curto, apenas seis meses, pois não conseguiu se adaptar, principalmente pela dificuldade que a paróquia tinha por falta de recursos, fazendo assim com que fosse preciso ser chamado outro maestro.
O maestro Miguel Fernandes com tais dificuldades migrou para a cidade de Acopiara-CE, onde por lá se fixou e inclusive compôs o hino oficial do município.
Para suprir as necessidades, músicos experientes, como Josenir Dantas gentilmente ficaram a conduzir ensaios enquanto a Paróquia não achava outro maestro.
Esmerindo Cabrinha
Foi numa apresentação em Aurora, mais precisamente na comemoração de um título de cidadão aurorense, dado ao empresário da Viação Brasília, Sr. Raimundo Ferreira, que a população de Aurora veio a conhecer a Banda Feminina da Prefeitura de Cajazeiras, e conseguinte conheceram seu maestro, de nome: Esmerindo Cabrinha. A banda foi trazida pelo homenageado.
O maestro se destacou pela apresentação da banda, chamando assim a atenção do Pe. Francisco França, que logo após a apresentação articulou a vinda do maestro para guiar a agora então chamada Banda de Música Sr. Menino Deus.
O maestro, que era da cidade de Cajazeiras, estado da Paraíba. Com sua simplicidade, humildade e amor a música conseguiu implantar educação musical e fazer com que diversos jovens entrassem de vez para o mundo da música.
O maestro Esmerindo Cabrinha ao longo de sua jornada como maestro da Banda de Música Sr. Menino Deus sofreu algumas dificuldades, a principal foi a dificuldade de pagamento, que inclusive levou o mesmo a ficar meses sem receber. Apesar disso o maestro não abandonou a banda de música, e mesmo sem receber se dispôs a vir trabalhar normalmente.
Esmerindo Cabrinha formou uma banda que se tornou respeitada pela crítica musical da região. Uma banda harmoniosa e disciplinada, ao qual o nível de excelência era alto. A sua popularidade também era alta, Esmerindo Cabrinha amava a cidade de Aurora e a considerava sua segunda casa. Tal amor lhe resultou em um merecido título de cidadão aurorense.
Idemário, Um braço forte na história.
Para resolver tal problema a banda precisou de ajuda financeira, que foi dada pelo advogado Idemário Tavares, vindo a pagar mensalmente ao maestro por um tempo estabelecido o seu salário. Isso fez com que o maestro não precisasse ir embora, uma vez que não era vontade do mesmo que acontecesse isso.
Idemário Tavares sempre se mostrou um braço forte e incentivou por muitas vezes a elevação do valor sócio-musical da banda de música. Sempre ajudando no que mais precisasse. Fardas, partituras, salário do maestro Esmerindo Cabrinha e o principal: o valor estabelecido aos músicos.
A ida de Pe. França
Foi no dia 10 de junho de 1987 que o Pe. França partiu. Mas sua inteligência, sabedoria e visão do futuro são imortais. Padre Francisco França foi um visionário, um homem a frente do seu tempo, que contribuiu para que a cidade de Aurora deixasse seus traços ruralistas e abrisse os braços para o desenvolvimento cívico, urbano e imaterial.
Não apenas na música houve interferência positiva do Padre Francisco França, mas em todos os âmbitos sociais. Bem feitor da educação, da cultura, do desenvolvimento, da civilidade. Sua ousadia foi um marco, sua sabedoria um ingresso para a eternidade no tempo.
Padre Francisco França marcou uma época, marcou vidas.
ANOS 90
Até que a morte nos separe
O grande maestro dessa vez não tivera escolha, se foi para nunca mais voltar. No dia 24 de Janeiro de 1999 Aurora perdia o seu maior educador musical. Esmerindo Cabrinha deixou várias composições de dobrados que serviam para homenagear pessoas importantes para o meio musical, alguns dobrados compostos foram: Dobrado Joaquim Paulino, Dobrado Pe. França, Dobrado Didi Tavares, Dobrado Idemário Oliveira, Dobrado Luiz Domingos, Dobrado 101, além de arranjo feito para o Hino do Centenário. Vários “discípulos”, mas o que o maestro deixou de principal foi o valor da música, disciplina, determinação, compromisso e harmonia plantadas no coração de que passou por ele.
Maestro Paulinho
Com a morte do maestro Esmerindo Cabrinha, quem veio a suceder-lhe foi o maestro Paulinho. O mesmo ficou pouco tempo na banda, abrindo assim espaço para um novo maestro.
ANOS 2000
Luís Marcos (Lula)
Sucedendo o maestro Paulinho quem veio a assumir a banda foi o até então trompetista e integrante da banda, Luis Marcos, mais conhecido como Lula.
O mesmo contou com o apoio de todos os integrantes e deu continuidade ao trabalho de seus antecessores. Com muita dificuldade, principalmente pelo pesar da perda do mestre, mas com muito talento e ousadia Lula conseguiu montar uma banda que se destacou na região, fazendo com que fossem contemplados em vários concursos de bandas de música. Montando assim uma coleção de troféus, medalhas e premiações em dinheiro, sempre representando o Colégio Paroquial, mostrando o talento dos músicos integrantes, mas principalmente levando o nome do município de Aurora para os quatro cantos do nordeste.
O declínio
A falta de recursos por parte do Colégio Paroquial e a falta de apoio externo fez com que houvesse um declínio que ocasionou no fim da banda de música. A banda não podia contar mais com um local para ensaios, manutenção para instrumentos, materiais como: óleos, palhetas, aquisição de fardas, muito menos com gratificações para os músicos. Tudo isso exige um alto investimento que o Colégio não podia proporcionar. Por conta disso, no ano de 2009 deu-se fim a uma história de muita luta, inclusão sócio-cultural e educação musical na terra do Menino Deus.
2011
Um novo recomeço (?)
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