A cifra analítica, pra quem não sabe, é o uso de algarismos romanos para representar as funções da harmonia. É usada no ensino e na utilização da harmonia funcional na música, que assim como diz o nome, dá ênfase as funções harmônicas.
Serve como fôrma, e ajuda muito o músico numa situação em que tenha que modular o tom para adequar ao tom do cantor na hora da apresentação por exemplo. Como o formato harmônico já está definido, só resta modular e tocar.
Exemplo: Se eu estou em uma música que comece em "C" (Tônica / I grau) e se desenvolva em "F" (Subdominante / IV grau) e "G" (Dominante / V grau), e se o cantor só puder cantá-la à 5 tons acima, ou seja, em "G", então passaremos a ter o "G" como Tônica / I grau. A próxima nota, assim como manda o formato harmônico de tal música, deverá ser uma subdominante / IV grau, o que resta ao músico é contar, partindo da tônica, que nesse caso é o "G" quatro graus, vai chegar no "C" que agora tem a função de subdominante / IV grau da música. Depois, ainda partindo da tônica "G" conta até o quinto grau, que nesse caso será o "D" que passa a ter a função de Dominante / V grau.
Nesse exemplo, podemos observar que a sequência C - F - G, pôde ser facilmente modulada para cinco tons acima, ou seja, G - C - D. Se prestar atenção verá que mudou as notas, mas o formato harmônico continua sendo o mesmo, que é: I - IV - V graus, ou Tônica, Subdominante e Dominante.
Parabéns! muito boa a explicação.
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